Por Lucas Alvaro
Após o lapso de oito anos desde o lançamento controverso de Death Magnetic, a banda de heavy/thrash metal Metallica ressurge com Hardwired... To Self Destruct. O álbum, que criara grande expectativas nos fãs, teve seu lançamento mundial na última sexta-feira (18) e em 24 horas dividiu opiniões entre aqueles que aguardavam ansiosamente pelo novo material.
Imagem promocional do álbum no site oficial do Metallica |
Desde que a música Lords of Summer foi tocada na turnê “Metallica by request”, em 2014, um enorme hype em cima de um novo projeto dos caras foi firmado; em agosto ganhou mais força ainda com a divulgação do clipe de Hardwired, onde tivemos a volta do thrash, que se perdeu ao longo dos anos. Outro videoclipe foi lançado um mês depois: Moth into Flame. Metallica estava de volta!
Um pouco antes do grande dia, tivemos mais um clipe de divulgação do álbum, mas o resultado foi diferente. Atlas, Rise! desagradou uma parte das pessoas e afetou suas expectativas – não que a música seja ruim, só inferior as já disponibilizadas. E daí? Todo play tem um ou outro som fraco. O jeito é esperar o trabalho final.
E eis que temos Hardwired... To Self Destruct.
Capa do álbum Hardwired... To self Destruct |
O álbum é o décimo lançamento de estúdio da banda e foi distribuído em formato duplo e, no caso da Deluxe edition, triplo – o que é bem diferente nos dias de hoje, pois não faz muita diferença para a maioria que escuta músicas por streaming.
Antes de passarmos para as músicas em si, vale a pena ressaltar que se você estava aguardando para colocar os fones e voltar para Kill ‘Em All ou Ride the Lightning, talvez se decepcione.
As primeiras músicas lançadas passaram uma imagem do retorno ao thrash que não está presente em todo o álbum. Uma grande mistura dos anos 90 com Death Magnetic renderam alguns materiais dispensáveis e nada inovadores, com grandes excessos e muito Wah Wah.
Os riffs e solos não são tão grandiosos e não apresentam inovações, mostrando que a banda jogou na defensiva na maior parte do tempo. Mas... Nem tudo está perdido. Na verdade, nem tudo é desprezível.
Imagem retirada do videoclipe oficial da banda |
Visivelmente é a melhor forma dos integrantes na última década, sendo notável com maior ênfase nas músicas mais rápidas como "Spit out the Bone". Destaque para Lars e Trujillo que estão sensacionais.
As letras também estão bem legais mesmo faixas mais fracas, como Atlas, Rise! (que, particularmente, gostei bastante). Os temas no geral estão bem depressivos, voltado para um tom mais pessimista, como na “Halo On Fire”, que aborda a violência contra a mulher. Há surpresas boas em "Murder One", uma homenagem ao grande e falecido Lemmy Kilmister e "ManUnkind", onde a banda retrata o cenário do black metal dos anos 90, baseando-se no filme e livro “Lords of Caos”, que tem uma boa participação da polêmica Mayhem.
Hardwired não é tão bom, isso é fato, mas é sim uma redenção para uma das bandas com mais altos e baixos na carreira e com a grande imagem do Metallica. É provável que muitos daqueles fãs dos primeiros álbuns não se sintam tão atraídos, mas vale conferir! Dê uma chance. Não espere grandes coisas, pode se surpreender mais.
O valor da versão física está um pouco salgado para um lançamento, custando a partir de R$49,90 em sua versão dupla até R$79,90 na versão deluxe, que traz clássicos ao vivo, cover e a tão aclamada Lords of Summer.
Lembrando que a banda virá duas vezes ao Brasil, em 2017. A primeira pelo festival Lollapalooza que acontece nos dias 25 e 26 de março, em São Paulo e a segunda no fim do ano pelo Rock in Rio.
Lista de músicas:
Disco 1
Disco 2
Disco 3
- Lords of Summer
- Ronnie Rising Medley (Rainbow covers)
- When a Blind Man Cries (Deep Purple cover)
- Remember Tomorrow (Iron Maiden cover)
- Helpless (Diamond cover)
- Hit the Light (Live)
- The Four Horsemen (Live)
- Ride the Lightning (Live)
- Fade to Black (Live)
- Jump in the Fire (Live)
- For Whom the Bell Tolls (Live)
- Creeping Death (Live)
- Metal Militia (Live)
- Hardwired (Live)
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