Tensão e insegurança no Espírito Santo

Com a Polícia Militar em greve, os casos de homicídios, roubos, furtos e tráfico de drogas chegaram a números alarmantes no Espírito Santo.
Por Larissa Katharine e Renato Cavalcanti

Desde a última sexta-feira (3), um grupo de mães e esposas de policiais militares do estado do Espírito Santo se reuniu para protestar contra as más condições de trabalho e os baixos salários que os PMs recebem. Isso deflagrou uma greve da polícia, com uma onda de violência que já deixou mais de 140 pessoas mortas.

Foto: Naiara Arpini / G1

Millena Nogueira, de 22 anos, mora atualmente em Vitória e está afastada do emprego desde que o shopping onde trabalha sofreu um arrastão. "A gente ficou em pânico lá [na loja] até tudo se tranquilizar e a gente ir embora. Desde então, não saio de casa."

Os moradores reclamam pela falta de informações oficiais e usam aplicativos como WhatsApp para tentar divulgar o que está ocorrendo entre si, uma alternativa à grande mídia que não ofereceu a cobertura necessária.

Hoje, uma parte do efetivo voltou ao trabalho. Segundo o G1, cerca de 875 policiais militares trabalharam nesse domingo apesar da continuidade dos protestos dos familiares nos batalhões.