“Você pode matar, se for para livrar o mundo de uma vida humana que não tem respeito por Alá...” Por Thayna Bernardes O livro “Na pel...

Na Pele de Uma Jihadista e o recrutamento pelo EI

“Você pode matar, se for para livrar o mundo de uma vida humana que não tem respeito por Alá...”
Por Thayna Bernardes


O livro “Na pele de uma Jihadista”, lançado em 2015, trás o relato verídico de uma jornalista recrutada pelo braço direito do líder da organização terrorista mais perigosa do mundo, Abu Bilel, conhecida como Estado Islâmico, ou Daesh.
Dentre as páginas da obra, são contados principalmente os detalhes sobre como é feito o recrutamento de jovens às forças extremistas por meio do Jihad 2.0. Vídeos são compartilhados massivamente por meio da rede de internet, que contém demonstrações sangrentas de poder, como decapitações e esfolamentos de “infiéis” ao vivo.
Para se infiltrar no mundo do terrorismo islâmico e produzir uma reportagem única, a jornalista de pseudônimo Anna encarnou a personagem Mélodie: uma jovem francesa de 19 anos, recém convertida ao islã. No contexto da história, a garota faz parte de uma gama de jovens que buscam alicerce na religião islâmica e caem na lavagem cerebral feita por homens armados, que dizem viver em um mundo utópico, no qual não se escondem, vivem maravilhosamente e são poderosos heróis e justiceiros religiosos.

Para manter seu perfil fora de qualquer suspeita, a jornalista faz compartilhamentos favoráveis à causa do Estado Islâmico e, em meio a isso conhece Abu Bilel, um Emir (alta patente na hierarquia do EI) responsável pelo recrutamento de jovens e eliminação de infiéis. Ele se diz apaixonado em poucas conversas e convence a jovem a se juntar à causa na Síria.

Em "Na pele de uma jihadista", o leitor acompanha as promessas de amor e discursos de ódio feitos por Abu Bilel à jornalista, que percebe estar perigosamente ligada à um homem cruel e agressivo, que pode persegui-la e tornar sua oportunidade de reportagem do ano em pesadelo.

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