Com limites de gastos na saúde e educação, por que não chamá-la de PEC do fim do mundo? Por Renato Cavalcanti Foto: Fernando Frazão...

PEC do teto e o futuro do Brasil

Com limites de gastos na saúde e educação, por que não chamá-la de PEC do fim do mundo?
Por Renato Cavalcanti
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil; Roberto Parizotti/CUT
Na última terça-feira (13), apesar dos protestos em todo o país, a Proposta de Emenda à Constituição 55, que limita o aumento de gastos do governo federal por até 20 anos, foi aprovada no Senado por 53 votos a favor e 16 contra.

A PEC 55 foi definida como prioridade de Michel Temer em 2016, como forma de frear as despesas do governo nas áreas de saúde e educação, que, depois da Previdência, são as duas de maior despesa. Desde quando começou a tramitar na Câmara dos Deputados, a proposta gerou inúmeros protestos, como exemplo, a ocupação de escolas e universidades por estudantes em praticamente todos os estados do Brasil.
Uma das ocupações foi no Instituto Federal de Pernambuco. Foto: Renato Cavalcanti
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil; Roberto Parizotti/CUT
A PEC 55 traz um impacto sem precedentes para a população brasileira, sobretudo os pobres, que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) já agonizante, e para as crianças e jovens do ensino público, ainda tão carente e longe de alcançar as metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação (PNE).

Universalização da educação? Qualificação profissional? Assistência médica gratuita para todos? Tudo isso está cada vez mais distante de se tornar real. Com um governo ilegítimo e opressor, aonde o Brasil vai parar? A educação, um direito humano fundamental, reduzida a migalhas e a população mais pobre com a vida comprometida e desacreditada. 
Hospital em Fortaleza. Foto: André Teixeira/G1
A partir de 2018, o orçamento federal disponível para os gastos na saúde e educação será o mesmo de 2017, acrescido da inflação desse ano. E assim será pelos próximos 20 anos. Como disse o relator da ONU, Philip Alston, em entrevista à Carta Capital: "Toda uma geração está condenada”.

0 comentários: