Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
Na noite do último domingo (25),
o vendedor ambulante Luiz Carlos Ruas, de 54 anos, morreu após ser espancando
por dois homens, na estação Pedro II do Metrô de São Paulo, região central da
cidade.
Segundo a Secretaria de
Segurança Pública, o ataque ocorreu depois de o ambulante tentar defender duas colegas
travestis moradoras de rua, que teriam reclamando da dupla por urinar nas plantas
do lado de fora da estação, onde estavam. A vítima ainda correu até a
bilheteria do Metrô, mas foi atingida por vários golpes antes mesmo de
conseguir ultrapassar as catracas.
Os agressores foram
identificados pelas câmeras de segurança do Metrô como Ricardo Martins do
Nascimento, 21 anos, e Alípio Rogério Belo dos Santos, de 26 anos. Ambos tiveram
as prisões decretadas pela Justiça e o primeiro deles foi encontrado e preso na
noite desta terça (27), na cidade de Valinhos, interior paulista. A polícia não descarta a possibilidade de eles pertencerem
a grupos de intolerância.
O Brasil é líder
em agressões à população LGBT, onde uma morte por homofobia ocorre a cada 28
horas. Por dia, são registradas ao menos 5 denúncias por violência homofóbica
no país, apesar de os números reais serem maiores, já que muitas pessoas não denunciam, conforme
dados do último relatório publicado este ano pelo Ministério das
Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.
Foto: Will Soares / G1
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
Na tarde desta
terça (27), foi realizada uma manifestação na estação Pedro II, para lembrar a
morte de Luiz Carlos Ruas. Segurando cartazes e velas, a comunidade LGBT,
representantes do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e da Pastoral do Povo
de Rua, protestaram não só contra a insuficiência de segurança no Metrô da
cidade, mas também contra a homofobia.
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