Crimes de ódio cresceram no Brasil em 2016 e a população LGBT não é a única vítima da homofobia. Por Renato Cavalcanti Foto: Rovena Ros...

Aonde vamos parar? Basta homofobia!

Crimes de ódio cresceram no Brasil em 2016 e a população LGBT não é a única vítima da homofobia.
Por Renato Cavalcanti
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
Na noite do último domingo (25), o vendedor ambulante Luiz Carlos Ruas, de 54 anos, morreu após ser espancando por dois homens, na estação Pedro II do Metrô de São Paulo, região central da cidade.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o ataque ocorreu depois de o ambulante tentar defender duas colegas travestis moradoras de rua, que teriam reclamando da dupla por urinar nas plantas do lado de fora da estação, onde estavam. A vítima ainda correu até a bilheteria do Metrô, mas foi atingida por vários golpes antes mesmo de conseguir ultrapassar as catracas.

Os agressores foram identificados pelas câmeras de segurança do Metrô como Ricardo Martins do Nascimento, 21 anos, e Alípio Rogério Belo dos Santos, de 26 anos. Ambos tiveram as prisões decretadas pela Justiça e o primeiro deles foi encontrado e preso na noite desta terça (27), na cidade de Valinhos, interior paulista. A polícia não descarta a possibilidade de eles pertencerem a grupos de intolerância.

O Brasil é líder em agressões à população LGBT, onde uma morte por homofobia ocorre a cada 28 horas. Por dia, são registradas ao menos 5 denúncias por violência homofóbica no país, apesar de os números reais serem maiores, já que muitas pessoas não denunciam, conforme dados do último relatório publicado este ano pelo Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.
Foto: Will Soares / G1
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

Na tarde desta terça (27), foi realizada uma manifestação na estação Pedro II, para lembrar a morte de Luiz Carlos Ruas. Segurando cartazes e velas, a comunidade LGBT, representantes do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e da Pastoral do Povo de Rua, protestaram não só contra a insuficiência de segurança no Metrô da cidade, mas também contra a homofobia.

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