A vitória do empresário nova-iorquinho e ex-apresentador de televisão surpreendeu o mundo. Por Renato Cavalcanti Trump durante a c...

Donald Trump: o retrato de um país dividido

A vitória do empresário nova-iorquinho e ex-apresentador de televisão surpreendeu o mundo.
Por Renato Cavalcanti

Trump durante a campanha eleitoral, mostrando o muro que construirá na fronteira com o México.
Foto: Jonathan Drake/Reuters

Na última quarta-feira (9), o mundo parou para ver o resultado da votação para presidente dos Estados Unidos. Donald Trump, para a surpresa de todos, venceu Hillary Clinton em uma das eleições mais acirradas da história norte-americana.

Apesar de Hillary Clinton ter conseguido 47,8% dos votos populares contra 47,3% do seu adversário, nos Estados Unidos o mais importante é ter votos do Colégio Eleitoral, pois é ele que escolhe o novo Presidente: o Colégio Eleitoral  é formado por 538 delegados (líderes regionais escolhidos pela população) e para ser eleito, o candidato deve ter o voto de pelo menos 271 deles. Nesta eleição, Clinton obteve apoio de 232 e Trump, de 306.

Trump, figura excêntrica, é conhecido desde o início de sua campanha por seu discurso xenófobo e misógino. Entre os seus disparates, afirmou que os mexicanos são narcotraficantes e estupradores, e que roubam o emprego dos Americanos. Declarou também que construirá um muro na fronteira com o México (custeado pelo governo mexicano) e expulsará até 11 milhões de imigrantes que vivem ilegalmente no país. Os mulçumanos também foram alvos de Trump, afirnando que estes deveriam ser monitorados pelos serviços de segurança do país e combate ao terrorismo. Nem mesmo diversas acusações de abuso sexual durante a campanha eleitoral fizeram com que o empresário bilionário perdesse.

À esquerda, republicano comemora a vitória com cartaz: Fazer a América ótima de novo.
Do outro lado, jovens lamentam o resultado. Fotos: Jonathan Ernst e Lucy Nicholson/Reuters

A vitória de Donald Trump à presidência dos EUA mostra um país dividido. O autêntico retrato de um país ainda misógino, racista, xenófobo e conservador. Antes visto por seus avanços em causas sociais e igualdade de diretos, agora causa espanto a todos. A maior potência do globo exerce enorme influência sobre outros países e os reflexos desta eleição já começam a ser sentidos. Latinos, muçulmanos, feministas e LGBT’s temem por dias sombrios.

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