Novo documentário da Netflix relata a perspectiva dos principais suspeitos do assassinato de Meredith Kercher - seria a misteriosa Amanda Knox inocente?
Por Larissa Katharine
"Ou sou uma psicopata em pele de cordeiro ou sou você."
Amanda Knox ainda é, para a maioria das pessoas, a principal suspeita do brutal assassinato de Meredith Kercher, sua ex-colega de quarto. O crime aconteceu em 2007 e os julgamentos se arrastaram até 2015. A jovem estudante foi encontrada morta em seu quarto da república em que Amanda também morava.
O documentário, lançado em 30 de setembro, tem depoimentos da própria Knox, Raffaele Sollecito, seu namorado na época do crime e suposto cúmplice, do jornalista Nick Pisa e outras figuras importantes nas investigações, mas não busca uma nova resposta para o crime. Há duas fases: o começo vai construindo as acusações e provas reunidas que levaram à primeira acusação do casal, então o caso é reaberto e as principais provas começam a ser questionadas. Acusação e defesa tem a mesma chance de fala enquanto o documentário avança nas investigações, até finalmente chegar à inocentação final de ambos.
O foco são os suspeitos, principalmente a figura misteriosa e ainda fortemente assediada pela mídia de Amanda Knox. Há um questionamento subliminar do quão prejudicial a pressão midiática pode se tornar em casos do tipo: as manchetes sensacionalistas, informações pouco apuradas sendo matéria de capa, a exigência mundial por uma punição aos culpados.
Isso traz um ponto negativo para quem não conhecia o crime: não há detalhes sobre personagens coadjuvantes nem detalhamento de como as garotas chegaram ali. É um complemento precioso para quem já conhece ao menos o básico sobre o assassinato de Meredith Kercher.
O Apego Cultural é um projeto criado por estudantes de jornalismo com o intuito de praticarem sua escrita, assim como o que estão aprendendo na faculdade de um modo divertido. O grupo é composto por jovens que pretendem postar sobre os mais diversos assuntos.
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